Demorou apenas alguns minutos para que Eduardo Paes (PSD) fizesse sua réplica à declaração do presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), que chamou o prefeito de “vagabundo”, na sessão plenária desta quinta-feira (10). A treta começou na quarta (9), quando Paes acusou a Alerj de “extorquir” o governador Cláudio Castro.
Em tom de mistério, Paes afirmou que a “cosa nostra” — termo que pode ser usado como sinônimo para máfia — vai se agitar. Além disso, mandou novo recado a Cláudio Castro, incentivando o governador a enfrentar a Assembleia Legislativa.
“É isso mesmo: essa gente lá e eu cá! A ‘cosa nostra’ vai se agitar! Eles sabem a que me refiro! Enfrente-os governador! O Rio agradece”, disse o prefeito.
Treta em chamas
Nesta quinta, Bacellar isse que o prefeito do Rio é um “vagabundo” que está acusando o parlamento de extorsão. Em entrevista concedida após a reeleição, Paes afirmou que Bacellar e outras lideranças da Alerj praticam extorsões contra o governador.
“É muito grave um vagabundo chamado Eduardo Paes acusar o parlamento de extorsão. Vai trabalhar que a eleição já passou”, desabafou Bacellar.
A declaração-bomba
Perguntado sobre como será sua relação com Castro após a reeleição, Paes afirmou, em entrevista publicada pelo jornal O Globo na última quarta, que o governador precisa dar um basta na “interferência da Alerj, ou de personagens da Alerj, no governo dele”. Além disso, o prefeito sugeriu a Castro governar com uma parte da oposição para “não se juntar a ameaças, extorsões”.
Quando indagado se Bacellar seria o responsável por essas supostas extorsões, Paes disse achar que “é a liderança da Alerj”, mas que “o presidente, por óbvio, é um deles”.