Que os políticos são entusiastas das redes sociais, ninguém dúvida. E, embora a campanha não tenha começado oficialmente, os vereadores do Rio que vão brigar pela reeleição começaram a ampliar o investimento em impulsionamento nas sua postagens.
Mas tem uns vereadores que investem mais, e do próprio bolso, considerando que a Câmara Municipal não tem cota parlamentar.
O campeão é Jair da Mendes Gomes (PRD), segundo levantamento do TEMPO REAL na plataforma do Meta, até 8 de julho. Nos últimos 90 dias, ele desembolsou R$ 23.868,00 para tentar mostrar seus feitos a mais gente. Quando considerado apenas o último mês, foram R$ 8.064,00 em impulsionamentos.
As postagens, em sua maioria, trazem o vereador acompanhando obras da prefeitura. As impressões — frequência com que os anúncios estiveram na tela para seu público-alvo — variam de mil a 25 mil.
O segundo que mais paga para dar um empurrãozinho no conteúdo é o oposicionista Pedro Duarte (Novo). Nos últimos três meses, investiu R$ 16.462, sendo cerca de R$ 8 mil apenas nos últimos 30 dias.
Só que a estratégia do moço se mostra mais eficiente, já que consegue aparecer 80 mil vezes na tela de usuários, mesmo com o aporte de R$ 200 no anúncio.
Na terceira posição em impulsionamento no período pesquisado vem Márcio Ribeiro (PSD), com R$ 15.578 — dos quais R$ 6.780 se concentram no último mês. Mesmo destinando R$ 600 em um conteúdo, a quantidade de vezes que o post foi exibido para o usuário fica na casa dos 80 mil.
Em outras palavras, dinheiro sozinho não garante performance.
Os 10 que mais investem em impulsionamento
Considerando o período entre 10 de abril a 8 de julho, os vereadores do Rio que mais aplicaram recursos no Meta foram:
Jair da Mendes Gomes (PRD) – R$ 23.868,00
Pedro Duarte (Novo) – R$ 16.462
Marcio Ribeiro – R$ 15.578
Marcelo Diniz – R$ 14.892
Dr. Marcos Paulo – R$ 7.608
Jorge Felippe – R$ 4.967
Tainá de Paula (PT) – R$ 4.541
Welington Dias (PDT) – R$ 3.791
Ulisses Marins (União) – R$ 3.709
Edson Santos (PT) – R$ 3.579
Vale lembrar que, na pré-campanha, o impulsionamento pago do conteúdo é permitido somente quando o serviço for contratado diretamente pelo partido ou pela pessoa que pretende se candidatar, quando os gastos forem moderados, proporcionais e transparentes. Em todas as hipóteses permanece vedado o pedido de votos.
Por FABIANA PAIVA E VITOR D’AVILA