A história da cultura africana contada por meio de músicas para crianças. Esta é a proposta do Afrotelúricos, que se apresenta nesta sexta-feira (28) na UMEI Antônio Vieira da Rocha, no Ingá, na Zona Sul de Niterói.
O Afrotelúricos é um grupo de pesquisa musical que busca resgatar a essência da ancestralidade por meio do canto, da tradição oral, da dança e da percussão. O projeto foi contemplado pelo edital Fomentão 23 da Prefeitura de Niterói por meio da Secretaria Municipal das Culturas.
A iniciativa já fez duas apresentações no dia 7 de junho na Escola Municipal Jacinta Mendela, na Vila Ipiranga, e na semana passada, na sexta-feira (21), na Escola Municipal João Brasil, no Morro do Castro. Foram 150 crianças assistindo cada contação, totalizando 300 alunos participantes
O circuito prevê 12 apresentações ao todo. Além de escolas, o Afrotelúricos também vai fazer contação de histórias em bibliotecas do município. Através de novos arranjos, o grupo leva ao palco um repertório alinhado às mais puras manifestações negras do país.
Cantora, contadora de histórias e dançarina de ritmos da cultura popular, Ana Rosa criou o projeto em 2016 e explica que o nome significa a necessidade de valorizar os ensinamentos que os ancestrais passaram a inúmeras gerações. Além disso, ela cita as referências culturais que teve na criação do Afrotelúricos.
“Afro é tudo que nasce do ventre e da herança de África; Telúrico é o que vem da terra, somos filhos da terra. Por isso a necessidade de valorizar os saberes e conquistas dos nossos antepassados. Temos um repertório vasto que passeia pela cultura popular brasileira”, comentou.