O prefeito Eduardo Paes (PSD) vai levantar voo para fora do país, na semana que vem. E não será o único.
Acontece que o vice, Nílton Caldeira, vai disputar uma vaga de vereador pelo PL — e não pode sentar na cadeira de prefeito, ou ficará inelegível. Portanto, vai viajar antes do titular, para não correr riscos.
Na linha sucessória, o presidente da Câmara de Vereadores, Carlo Caiado (PSD), está na mesmíssima situação. Se assumir o cargo, não pode se reeleger — e sequer tentar a briga pela vaga de vice na chapa de Paes. A primeira vice-presidente da Câmara, Tânia Bastos, do Republicanos, está igualmente — e pelos mesmos motivos — impedida.
O povo deveria ter fretado um voo, porque vai todo mundo fugir do país.
Sobrou para o presidente do Tribunal de Contas do Município, Luiz Antônio Guaraná, tomar conta da lojinha, ou melhor, do Palácio da Cidade. E para o primeiro-secretário da Câmara, Rafael Aloísio Freitas (PSD), o comando do velho Palácio Pedro Ernesto. Freitas vai assumir no lugar do segundo vice, Marcos Braz (PL) — que também vai viajar, mas não por causa do prefeito. Aí já é outra história…
Muito complexo o jogo político.
Mas as normas e regras exigem que seja assim.
O prefeito permanece no cargo e concorre para reeleição, mas os sucessores não podem assumir por serem candidatos para cargos diferentes? Não faz o menor sentido essa regra que foi criada com o objetivo de proteger a igualdade entres todos os candidatos.