O ex-cabo do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) Ronny Pessanha de Oliveira, de 33 anos, foi preso nesta terça-feira (26) por envolvimento com a milícia de Rio das Pedras e Muzema, na Zona Oeste do Rio.
Pesa sobre ele também a acusação de treinamento de milicianos e traficantes do Comando Vermelho (CV). Ele estava solto desde 2022 e foi detido novamente por fazer uma falsa blitz na Estrada do Itanhangá, também na Zona Oeste.
Antes apontado como miliciano, Ronny agora é suspeito de auxiliar integrantes do Comando Vermelho na invasão a áreas dominadas pela milícia e por facções rivais. Em depoimento prestado na 16ª DP (Barra), ele confessou que não era mais ligado à milícia e que estava fazendo treinamentos com os traficantes.
O ex-PM foi preso em dezembro de 2020, após denuncia feita ao Ministério Público (MPRJ) de que ele estaria cobrando taxas sobre construções nas favelas. No mesmo mês, ele foi excluído do quadro da corporação por indisciplina.
O MP aponta que ele era aliado de Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, miliciano que foi confundido com um dos médicos assassinados em outubro de 2023 em um quiosque na Barra da Tijuca. Taillon é filho de Dalmir Pereira Barbosa, um dos chefes da milícia em Rio das Pedras.
A prisão da última terça se deu por um flagrante de porte ilegal de arma de fogo, encontrada no carro dele, uma Mercedes Benz C180, avaliada em R$ 220 mil. Pessanha pagou cerca de R$ 8 mil de fiança e foi liberado depois de ter recusado a prestar depoimento. Ele responderá em liberdade.
Ronny é investigado também pela Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-EI) e Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) por outros crimes.