Além do deputado federal Ricardo Abrão (Republicanos), o prefeito Eduardo Paes (PSD) exonerou Washington Vicente Nascimento da Secretaria de Ação Comunitária.
Para quem não está ligando o nome à pessoa — e quem haveria de? — trata-se do controverso ex-vereador Professor Uóston, alçado à fama, em 2013, por ter sido escolhido relator da CPI dos Ônibus da Câmara do Rio e quase ter levado uma sapatada dos manifestantes.
Uóston era o líder do maior bloco da Câmara, composto por 24 vereadores de sete partidos — todos governistas, claro — chamado ‘Por um Rio melhor’. Era considerado pelo PMDB do então prefeito Eduardo Paes o homem certo para comandar a tropa que dava sustentação ao governo.
Tanto que foi peça-chave na estratégia governista para dominar a CPI proposta pela oposição — mais precisamente, por Eliomar Coelho, do PSOL. Com mão de ferro, Paes atuou para ter gente de sua confiança no comando da comissão. O presidente indicado pelo governo foi… Chiquinho Brazão (PMDB) — hoje preso sob a acusação de ter mandado matar a vereadora Marielle Franco (PSOL).
A manobra foi tão escandalosa, que a composição da CPI foi questionada na Justiça, os trabalhos foram suspensos e nunca mais retomados.
Uóston começou na política pelas mãos do ex-presidente da Assembleia e do MDB Jorge Picciani. Atualmente, ocupava o cargo de chefe de gabinete da Ação Comunitária e trabalha pela reeleição do vereador Waldir Brazão (Republicanos).