ATUALIZAÇÃO às 17h08, com as notas oficiais da Prefeitura do Rio e do governo do estado.
Os governantes do Rio estão curiosamente calados. Nem uma só palavra nas redes sociais sobre as prisões do deputado federal Chiquinho Brazão e do conselheiro do Tribunal de Contas Domingos Brazão, sob a acusação de terem mandado matar a vereadora Marielle Franco, e do delegado Rivaldo Barbosa, suspeito de ter atuado para protegê-los.
Na rede X (ex-Twitter), a última ação do prefeito Eduardo Paes (PSD), que nomeou Chiquinho Brazão como seu secretário de Ação Comunitária por quatro meses, foi repostar, por volta das 7h, uma publicação do Alerta Rio sobre as chuvas no Rio. No Instagram, foi ontem — um vídeo com a análise da meteorologista Raquel Franco.
O governador Cláudio Castro (PL), responsável pela Polícia Civil de Rivaldo, está igualmente mudo sobre o assunto. No X, sua última publicação foi por volta das 9h — e e também é uma repostagem do governo do estado sobre o funcionamento do sistema de bombas da Baixada Fluminense. Uma hora depois, postou sobre o mesmo assunto — no Instagram.
Tanto a Prefeitura do Rio quanto o governo do estado divulgaram notas oficiais. Mas, nas redes, Paes e Castro continuam calados. Eis a íntegra das notas.
“A Prefeitura do Rio informa que o Partido Republicanos, ao estabelecer aliança com a administração municipal, escolheu no final de 2023 o deputado federal Chiquinho Brazão como representante da legenda para ocupar a Secretaria de Ação Comunitária. Quando surgiram especulações sobre o caso, foi solicitada ao partido a indicação de um nome para substituí-lo e ele foi exonerado no início de 2024. A Prefeitura do Rio reforça seu apoio às investigações sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes e espera que o caso seja elucidado pela Justiça”.
“O governo do estado vem desde cedo acompanhando a operação da Polícia Federal, inclusive três delegados da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil, escolhidos em comum acordo com a PF, acompanharam as diligências que envolvem dois delegados e um comissário. O desfecho do brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes é um passo importante para enfrentarmos o crime organizado em nosso estado. A participação, seja qual for, de agentes públicos neste crime, será rigorosamente apurada para que sejam punidos exemplarmente. A Corregedoria Geral Unificada, sob a liderança do desembargador Antônio José Ferreira Carvalho, vai apurar a conduta destes policiais com o devido rigor necessário. Continuamos apoiando as instituições para o desfecho final desse crime!”