Diante do alerta preocupante de chuva forte para os próximos dias, o prefeito Eduardo Paes (PSD) publicou um vídeo, no início da tarde desta quinta-feira (21), recomendando que os cariocas evitem o deslocamentos após as 18h de hoje e domingo (24). O alcaide cobrou o bom senso do setor privado em relação ao horário dos funcionários.
O prefeito informou ainda que aumentou o efetivo dos órgãos municipais a fim de amenizar eventuais estragos provocados, e que funcionários de serviços essenciais, como Comlurb, Rio Águas e Defesa Civil ficarão de plantão 24h por dia.
Paes disse que vai passar a noite no Centro de Operações acompanhando a situação, para passar informações na madrugada e no início da manhã. O prefeito destacou atenção às áreas de risco, e pediu que os moradores dessas localidades fiquem atentos às sirenes e recomendou que as pessoas devem ir ao pontos de apoio definidos pela Defesa Civil em casos de urgência.
O vídeo contou com a presença de Raquel Franco, chefe da meteorologia do Centro de Operações. Ela alertou para o acumulado de chuva, que encharca o solo, tornando-o mais suscetível a deslizamentos. A meteorologista avisou que os “piores cenários serão entre sexta a noite e madrugada de sábado; e depois sábado a noite e madrugada de domingo”.
Por fim, o prefeito brincou e disse torcer para que tudo seja um mal entendido “Que dê tudo errado, que façam um monte de memes”.
Situação excepcional
O receio de Paes está fundamentado nas previsões dos principais canais de meteorologia do país.De acordo com o Climatempo, “a situação é muito especial, pois a chuva indicada pelos modelos meteorológicos é realmente excepcional. Nesses dois dias (sexta e sábado), a chuva será frequente/persistente e terá períodos em que cai de forma intensa, com taxas horárias muito elevadas. Isso irá acarretar acumulados extremamente elevados, que podem superar o volume médio para todo o mês de março em apenas 24h/48 horas”.
O instituto considera volumes de chuva acima de 500mm, semelhante ao da tragédia do litoral paulista de São Sebastião ou a da Região Serrana do Rio, em janeiro de 2011. As regiões mais afetadas com essa possibilidade de enchentes estão na Baixada Fluminense, litoral norte e na Região Serrana.