As convenções partidárias só acontecem entre 20 de julho e 5 de agosto — como reza o Tribunal Superior Eleitoral. Mas a política tem suas próprias regras, e calendário oficial algum é capaz de dar conta.
No Rio de Janeiro onde o prefeito Eduardo Paes (PSD) é candidato à reeleição; e o PL já ungiu o deputado federal Alexandre Ramagem; o que sobra são as vagas de vice — que estão mais disputadas que pepitas de ouro.
Paes tem conversado com muitos partidos, mas adiantou a prosa com o União Brasil na semana passada — como prova uma foto do prefeito ao lado do presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar. O leilão tem como ponto de partida, porém, o fato de que o partido escolhido será apenas o hospedeiro para alguém do círculo bem fechado do prefeito. De preferência, o deputado federal Pedro Paulo.
Já o MDB — que foi a maior legenda do Rio e está, de novo, em viés de alta — decidiu combinar diretamente com o governador Cláudio Castro, do PL. O atual presidente emedebista, Washington Reis, diz a quem quiser ouvir que indicará o vice — mas do candidato apoiado por Castro.
A seguir a lógica, seria Ramagem. Mas, aí é que a porca torce o rabo, porque Ramagem é essencialmente um candidato bolsonarista, e não exatamente um liberal. E, pelo menos até o momento, o vereador Carlos e o ex-presidente Jair Bolsonaro querem uma chapa puro-sangue. Ou seja, PL com PL.
Até julho, ainda tem muito tempo para o garimpo — embora faltem pepitas na jazida.