A Justiça do Rio rejeitou mais um recurso do ex-prefeito de Belford Roxo, Waguinho (Republicanos); dessa vez, o caso analisado envolve uma condenação do político por um caso de dano ambiental irreversível em um terreno no município da Baixada. Ele foi condenado por reativar, em 2017, uma espécie de lixão clandestino no interior de uma Área de Proteção Ambiental (APA), no Alto Iguaçu.
A informação é de Ancelmo Gois, colunista do jornal “O Globo”. O Tribunal de Justiça do Rio
(TJRJ) foi unânime na negativa ao recurso, movido pelas defesas de Waguinho e de Flávio Francisco Gonçalves, que era secretário de Meio Ambiente do município na época da ação e continua comandando a pasta na atual gestão, do prefeito Márcio Canella (União). A Prefeitura de Belford Roxo também foi condenada.
Defesa de Waguinho alegou que reativação de lixão em área ambiental foi emergencial
Conhecido como “Lixão de Babi”, o local foi usado pela prefeitura para descarte de resíduos entre 1993 e 2012. Em 2017, primeiro ano de seu mandato, Waguinho reativou o espaço. Segundo a denúncia, a retomada na atividade do aterro irregular provocou problemas graves de poluição do solo e dos cursos hídricos no entorno.
No recurso, a defesa do ex-prefeito e do secretário alegou que o lixão foi reativado em caráter emergencial, por rescisão de contrato anterior de gestão de aterro sanitário. O pedido também alega que o agravamento do dano ambiental não foi comprovado.
Para o TJ, no entanto, as denúncias fornecem material suficiente para confirmar a atuação direta de de Waguinho e do secretário na degradação ambiental do terreno. Os envolvidos não se posicionaram publicamente sobre a nova decisão.

