A Ceasa, central de abastecimento em Irajá atingida por um incêndio de grandes proporções, não corre risco de desabastecimento, de acordo com o prefeito Eduardo Paes (PSD). Em visita à unidade na manhã desta quarta (03), ele garantiu que não há previsão de impactos duradouros na distribuição de alimentos e descartou a concessão de subsídios para estabelecimentos afetados pelo incêndio, que atingiu pelo menos 28 lojas.
Em resposta à TV Globo, Paes disse que a maioria dos galpões afetados “é de grandes distribuidoras” que têm “outras bases” de operação. Apesar de a Ceasa ser vinculada ao governo estadual, o prefeito colocou a gestão municipal à disposição para colaborar, apesar de ter descartado apoio financeiro aos comerciantes afetados.
“Isso aqui é um equipamento do estado. O que podemos é colaborar. Conversei com a associação e vamos ver como será cada caso”, disse Paes.
110 bombeiros combatem chamas na Ceasa desde a madrugada; quatro precisaram de atendimento por conta de exaustão
Cerca de 110 bombeiros de 15 unidades operacionais atuam no combate às chamas desde a madrugada. As chamas foram registradas por volta das 1h30 no Pavilhão 43. Durante as ações, quatro agentes precisaram de atendimento médico por conta de exaustão. Segundo o Corpo de Bombeiros, eles já foram atendidos, liberados e passam bem.
Junto dos bombeiros, participam do combate às chamas 15 policiais militares do Programa de Integração na Segurança (Proeis), 30 seguranças da vigilância privada da Ceasa. A concessionária Águas do Rio enviou caminhões-pipa.
Os pavilhões 43 e 44 foram totalmente interditados. O pavilhão 42 teve interdição parcial. Outros espaços da unidade não afetados funcionam normalmente. A investigação inicial é de que o fogo teria começado em uma loja de alimentos no pavilhão 43, o que atingiu rapidamente estabelecimentos vizinhos que vendem itens altamente inflamáveis, como plásticos e papéis. A 27ª DP (Vicente de Carvalho) investiga o caso.

