A entrega da reforma do Renascença Clube, um dos principais ícones de resistência e convivência da negritude no Rio, aconteceu oficialmente nesta quinta-feira (20), no feriado da Consciência Negra. Carinhosamente apelidado de Rena, o espaço passou por uma remodelação de R$ 3,8 milhões — valor que inclui um aditivo de quase R$ 600 mil para obras complementares nos pavimentos superiores.
O prefeito Eduardo Paes (PSD) acompanhou a entrega, usando um chapéu panamá, ao lado de Mestre Moa e de frequentadores históricos do clube.
A revitalização incluiu modernização da estrutura, melhorias internas e intervenções de acessibilidade, segundo a RioUrbe, preparando o local para voltar a receber oficinas, eventos e apresentações culturais.

Símbolo de resistência negra desde 1951
Fundado em 1951, no Méier, o Renascença nasceu como um espaço onde famílias negras pudessem se reunir sem sofrer discriminação. Em 1958, mudou-se para o Andaraí, onde permanece até hoje, com capacidade para receber cerca de mil pessoas.
Ao longo das décadas, tornou-se referência na valorização da tradição afro-brasileira, com atividades que vão do samba ao teatro, da capoeira ao cinema. Entre seus eventos mais conhecidos está o Samba do Trabalhador, às segundas-feiras, às 16h.

