O prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou, nesta quinta-feira (20), Dia Nacional da Consciência Negra, a Praça Onze Maravilha, projeto que consolida os planos de transformação urbanística da região que foi o berço das escolas de samba. Além das já anunciada derrubada do Elevado Trinta e Um de Março (que será substituído por um mergulhão), e a instalação da nova Cidade do Samba às margens da Avenida Presidente Vargas, Paes apresentou o projeto da Biblioteca dos Saberes, que ficará onde hoje está o Terreirão do Samba, de condomínios residenciais e muitas áreas verdes e de convivência.
E novidades também no Porto Maravilha.
“A derrubada da Perimetral, o MAR, o Museu do Amanhã, os túneis, o VLT, a descoberta do Cais do Valongo, mudaram não só a paisagem, mas também a forma como cariocas e visitantes passaram a enxergar o Rio. Agora, a gente vai entregar aos cariocas o Parque do Porto e o Centro Cultural Rio África”, disse Paes, nas redes sociais.
No vídeo, coube ao o vice-prefeito, Eduardo Cavaliere (PSD), explicar a futura Praça Onze Maravilha.
“As origens da nossa cidade vão além do Porto. Bem perto dali havia um outro lugar onde o Rio se encontrava, que foi apagado em nome do progresso. Agora nós vamos trazer de volta aquele que foi o berço do samba, que reuniu o povo liberto, judeus, ciganos, italianos, portugueses e fazer nascer mais um projeto histórico. Como foi feito no Porto, vamos derrubar o Viaduto Trinta e Um de Março e construir uma grande esplanada, uma área de convivência, residenciais. Tudo isso integrado à Praça da Apoteose, que vai se tornar um espaço público como previsto no projeto original do Niemeyer”, disse Cavaliere.
Recursos para a Praça Onze Maravilha virão de PPPs
De acordo com reportagem publicada pelo jornal “O Globo”, a ideia é a verba estimada em R$ 1,75 bilhão necessária para pôr em prática todas as intervenções (que deverão estar prontas até 2032) seja financiada por investidores, numa Parceria Público-Privada (PPP).
Na próxima segunda-feira, Paes enviará à Câmara um projeto de lei para criar a Área de Especial Interesse Urbanístico (AEIU) da Praça Onze, com novas regras de construção e dos gabaritos do Estácio, do Centro, da Cidade Nova e da Cruz Vermelha, para estimular o mercado imobiliário a investir em novas moradias nas vizinhanças do Sambódromo. A projeção da prefeitura é que a região ganhe 25 mil novas residências.
O projeto para a área está sendo desenvolvido por um consórcio de empresas liderado pelo arquiteto Rodrigo Azevedo, que venceu um chamamento público feito pela prefeitura. Já o projeto da Biblioteca dos Saberes é assinado por Francis Kéré, de Burkina Faso, primeiro negro a vencer o prêmio Pritzker (2022), o Oscar da arquitetura.

