A placa que identifica a Praça Mário Lago, onde fica o Buraco do Lume, “sumiu” no Centro do Rio. O espaço, que está no meio de uma polêmica envolvendo a construção de um condomínio, amanheceu sem o identificador de logradouro nesta segunda (17).
A mudança no espaço acontece poucos meses após a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Licenciamento (SMDU) autorizar a construção de um condomínio residencial de 720 unidades pelo programa Reviver Centro. O condomínio é um projeto encabeçado pela construtora mineira Patrimar, com studios de 25 a 35 m².
O deputado federal Chico Alencar (PSOL), que protesta contra a construção, disse que enviou ofícios à Secretaria de Conservação, à Subprefeitura do Centro e à Gerência Executiva Local cobrando respostas sobre o sumiço da placa.
“A Praça Mario Lago é patrimônio da cidade do Rio. Local de encontros políticos e culturais, também serve de “respiro” no meio do concreto armado dos prédios do Centro. Agora, querem construir no local um espigão. Somos contra. Verificamos que a placa que identifica o lugar sumiu. Será vandalismo ou tiraram com a intenção de degradar a área? Seja como for, já pedi à Prefeitura para repor a placa”, disse Chico.
Condomínio do Buraco do Lume terá 2,5 mil m²
As disputas envolvendo a construção do edifício no Buraco do Lume já acontecem há algum tempo — mas, apesar das críticas de figuras políticas e de urbanistas, a construtora já tem autorização da prefeitura para construir e é proprietária legal do terreno.
Maior projeto do Reviver Centro, o prédio residencial não terá vagas de garagem, terá áreas coletivas como piscina e espaço gourmet, bicicletário e academia. A obra ocupará 2.500 m² de uma área arborizada de 6.000 m², podendo resultar na remoção de cerca de 40 árvores.

