O presidente da CPI das Câmeras da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Alexandre Knoploch (PL), anunciou, por meio das redes sociais, a convocação do major da Polícia Militar Ulisses Estevam Barros para depor na comissão. O oficial é citado em relatório da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) por solicitar ajuda de integrantes do tráfico para recuperar um carro roubado.
Segundo a investigação, durante a quebra do sigilo telefônico de Washington César Braga da Silva, o “Grandão” – apontado como integrante da cúpula do Comando Vermelho -, a polícia encontrou mensagens em que o major pedia apoio para localizar o veículo. “Preciso recuperar. Carro do 01. Esse eu tenho que resolver”, escreveu o oficial.
Após o pedido, Grandão teria acionado administradores de um grupo chamado “CPX da Penha” para encontrar o automóvel, que foi recuperado três dias depois. O documento embasou a megaoperação realizada na última terça-feira (29), que resultou em 121 mortes nos complexos da Penha e do Alemão.

A Polícia Militar informou, em nota à Folha de S. Paulo, que colabora com as investigações por meio da Corregedoria Geral. O major segue na ativa.
CPI das Câmeras suspende prazo para organizar documentos
Na quinta-feira (30), os membros da CPI das Câmeras comunicaram à Presidência da Alerj a suspensão do prazo de funcionamento da comissão entre 27 de outubro e 10 de novembro.
O objetivo é permitir a organização da grande quantidade de documentos e dados já recebidos antes da elaboração do relatório final. A CPI já teve seu prazo prorrogado por mais 60 dias, conforme aprovação em plenário no último dia 21.
A comissão investiga, entre outros pontos, o envolvimento de associações de proteção veicular e facções criminosas em esquemas de intermediação para a devolução de veículos roubados mediante pagamento.

			
			
                                
                             
		
		
		
		