O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), se reuniram na noite desta quarta (29) para discutir ações de combate ao crime organizado, após a operação policial que deixou 121 mortos na terça (28). Eles anunciaram a criação de um escritório emergencial para facilitar o diálogo entre a União e o governo estadual.
O objetivo da iniciativa é “desburocratizar” ações integradas de segurança pública. “A cúpula da segurança nacional apoiará integralmente o Rio de Janeiro. Vivemos um federalismo cooperativo e viemos aqui para, dentro do possível, colaborar para superarmos essa crise de segurança”, disse Lewandowski.
O escritório vai ser formado por dois grupos de investigação já existentes: o Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (CIFRA) e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO-RJ).
Governo Federal colocou vagas em presídios federais e peritos à disposição após operação
Além da criação do escritório, o ministro da Justiça também anunciou, após a conversa com Castro, que vai atender o pedido do governo do Rio e disponibilizar vagas em presídios federais de segurança máxima para líderes de facções presos. O governo estadual quer transferir lideranças do CV para dificultar a comunicação entre criminosos da facção.
Lewandowski prometeu, ainda, disponibilizar peritos criminais para os desdobramentos da operação e aumentar os efetivos da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal em atuação no Rio.

