O pífio resultado do Republicanos do Rio não deixou o presidente nacional do partido, Marcos Pereira, nem um pouquinho feliz. A legenda só elegeu seis prefeitos no interior e três vereadores na capital — sendo que dois deles, Tânia Bastos e Inaldo Silva, tiveram a decisiva ajuda do prefeito Eduardo Paes (PSD) e da máquina da Prefeitura do Rio. Em 2020, o partido levou sete ao velho Palácio Pedro Ernesto.
O presidente estadual, Wagner Carneiro, o Waguinho, se enrolou numa disputa acirrada para eleger o sobrinho, Matheus do Waguinho, em Belford Roxo, e não se empenhou no restante dos municípios. Perdeu no seu reduto eleitoral — e pode perder a presidência do diretório.
O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha apoiou pelo menos três candidatos a vereador no Rio. Só Gigi Castilho foi eleita. Deixou a coligação de Eduardo Paes no finzinho do segundo tempo, mas não convenceu os vereadores do partido — que ficaram com o prefeito. No caminho, conquistou a irritação da Igreja Universal do Reino de Deus, obrigada a procurar um outro pouso para o Pastor Deângeles Percy. Filiado ao PSD de Paes, Deângeles só conquistou a primeira suplência, com 17.802 votos.
Se tivesse permanecido no Republicanos, teria entrado no lugar de Gigi, que teve 13.492.
Em Brasília, ouve-se que Marcos Pereira quer trocar o comando do partido.
No Rio, é dado como certo que a Universal, parte importante da legenda, também.