Com o pescoço na forca desde o último dia 5, quando a Câmara de Belford Roxo aprovou a abertura do processo de impeachment contra ele, o prefeito Waguinho (Republicanos), está dando os seus pulinhos para tentar adiar a decisão. Apresentou ao legislativo os nomes das suas testemunhas de defesa. Na lista, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Domingos Brazão, preso na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO) sob a acusação de ser o mandante da execução da vereadora Marielle Franco.
Waguinho também apresentou os nomes do presidente municipal do Republicanos e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e dos deputados federais Marcelo Crivella (Republicanos) e Lindbergh Farias (PT).
A maioria da Câmara de Belford Roxo, atualmente, está com Márcio Canella (União Brasil) — ex-amigo e atual desafeto de Waguinho, eleito prefeito no último dia 6 de outubro.
Definitivamente, Waguinho não está em boa fase
Waguinho tem acumulado reveses em seus últimos dias como prefeito. Na votação, em 6 de outubro, não conseguiu eleger como sucessor o sobrinho Matheus (Republicanos), derrotado por Canella. Já no dia 23, teve as contas de 2022 rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
As marcas da rivalidade com seu ex-aliado e futuro prefeito não permitiram uma transição pacífica entre Waguinho e Canella. Ao ponto de o Ministério Público Estadual (MPRJ) emitir recomendação para que o alcaide adote medidas para assegurar uma transição de governo organizada.
A principal delas é a instituição, em cinco dias úteis, de equipe mista de transição de governo. O MPRJ destacou que a formação da equipe de transição para inteirar os futuros gestores acerca do funcionamento dos órgãos, contas públicas e programas do governo municipal pode prevenir o surgimento de cenário de descontinuidade de serviços.