A vereadora Thais Ferreira, líder do PSOL, denunciou estar sendo vítima de ataques de ódio por fazer críticas à operação policial desta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou mais de 120 mortos. De acordo com a parlamentar, houve uma ação coordenada em todas as suas redes sociais, com uma enxurrada de comentários ofensivos, incluindo ameaças graves à sua integridade.
Os ataques, segundo Thaís, começaram logo após seu posicionamento sobre a operação, que ela classificou como “chacina” e “massacre”. A vereadora afirmou que algumas de suas publicações receberam mais de 5 mil comentários, muitos com teor misógino e racista, entre eles uma mensagem que a chamava de “faccionada” e dizia que ela deveria ser “torturada e morta”.
“O principal, para além da indignação, é deixar claro que esses ataques não são opinião: são ódio, são crime. Trata-se de violência política de gênero e raça. Depois que me posicionei sobre essa megaoperação que paralisou a cidade, passei a ser alvo desses ataques coordenados”, afirmou a vereadora.

Thais Ferreira afirmou que levará o caso à polícia
A parlamentar informou ainda que vai registrar ocorrência em delegacia para garantir sua segurança e a de sua família.
“Vou adotar medidas de proteção física, digital e emocional para seguir fazendo o que precisa ser feito: defender a vida, a democracia e o direito de toda mulher — sobretudo de uma mulher como eu, negra e mãe — de existir, trabalhar e fazer política em paz”, finalizou.

