Na edição desta sexta-feira (06) do Diário Oficial da Câmara do Rio, foram publicadas quatro exonerações no gabinete do vereador Waldir Brazão (União). Os demitidos — entre eles, a assessora-chefe (cargo DAS-10A) Maria Lúcia Gomes Brazão — são integrantes da família Brazão, agora ex-grupo político do nobre.
Nascido Waldir Rodrigues Moreira Júnior, o vereador foi “adotado” pela família em 2020 e ganhou, além do sobrenome político, o seu primeiro mandato no Palácio Pedro Ernesto. Até o início do ano, os planos do grupo eram reelegê-lo; lançar Kaio Brazão, filho do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão; e ainda trabalhar pela eleição de Guilherme Bencardino, antigo aliado. Tudo pelo MDB.
A família Brazão e os novos cálculos
Mas aí veio a prisão de Domingos e de seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, sob a acusação de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. O terremoto atingiu em cheio o grupo, que foi obrigado a refazer os cálculos. Temendo não ter fôlego para eleger três candidatos, foi sugerido a Waldir abrir mão da reeleição em nome do filho do homem. Sem sucesso.
Kaio e Bencardino foram para o Republicanos. Waldir, já se desgarrando, para o União Brasil. O sobrenome de urna permaneceu o mesmo. Mas, como se vê no Diário Oficial de hoje, foi só o que restou.