Equipes da Polícia Federal cumprem, na manhã desta quinta-feira (4). mandados de busca e apreensão em dois endereços no estado. Na residência do secretário estadual de Transportes, Washington Reis, em Xerém, Duque de Caxias, e na casa da secretária de Saúde do município, Célia Serrana.
O inquérito investiga uma organização criminosa que anexou dados falsos no Sistema Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde sobre a Covid-19. A ação, segundo a Polícia Federal, tem como objetivo, ainda, buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento.
Um dos possíveis beneficiários, já apontados pela PF, teria sido o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL). Os mandados foram emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O Governo do Estado citou que a ação tem como alvo único e exclusivo a obtenção de cartões de vacinação relacionados ao município de Duque de Caxias em 2022 e que não existe nada referente ao Governo do Rio na investigação e nem fatos que comprometam a conduta do secretário Washington Reis.
Já Reis se manifestou brevemente, em frente à sua casa, após receber a visita dos agentes. Sem se aprofundar sobre o assunto, ele disse estar sendo “vítima de uma covardia”.
“A gente está sendo vítima de uma covardia. Zero, zero [participação no suposto esquema]. Vacinei no meio da rua, mostrando meu braço”, disse.
Já a Prefeitura de Duque de Caxias informou que a segunda fase da operação Venire não teve como alvo nenhum órgão vinculado à municipalidade. Com relação aos mandados dirigidos a pessoas físicas, a Prefeitura não se manifestará considerando o sigilo que recobre os atos nesta manhã realizados.
Hoje secretário estadual de Transportes e presidente estadual do MDB fluminense, Reis foi prefeito da cidade por três mandatos e continua muito influente na politica local, com o tio Wilson Reis no poder.
