A turma de Maricá não tem perdoado o que sugere uma contradição no discurso do vereador Ricardinho Netuno (Republicanos), que agora é bolsonarista de carteirinha, mas nos primórdios já foi coladinho no PT.
Tem circulado vídeos na cidade com Netuno detonando o vice-prefeito, Diego Zeidan (PT), por ir a Cuba para buscar uma cooperação científica, em junho do ano passado. “O que o regime totalitário cubano tem para acrescentar ao Brasil?”, questiona o vereador, ao mostrar uma notícia da viagem.
Alguns mais atentos têm feito questão de lembrar que, um mês antes, Netuno foi justamente para…. Cuba. Ele integrou a comitiva formada pelos esquerdistas Aldarir de Linda (PT), Hadesh (PT) e Julio Carolino (PDT), para participar da Feira Internacional de Turismo (FIT Cuba 2023), realizada entre 1° e 5 de maio, em Havana.
E Netuno ainda recebeu mais de R$ 23,5 mil para cobrir os custos de oito diárias no país.
Procurado, o vereador confirmou a viagem ao país tão criticado por ele, mas disse que foi para “fiscalizar o que tanto a Prefeitura de Maricá teria para trazer de lá”.
“Como saberia a realidade sem ir? Quis fiscalizar para saber que projetos alegam ter de bom lá. Só poderia criticar se fosse”, disse Netuno, acrescentando o que viu: “Não tem nada, só pobreza e miséria”, disparou.
Sobre se teria feito um relatório da viagem, Netuno afirma que montou um, mas não está na hora de divulgá-lo:
“O senhor poderia passar o relatório com suas impressões?”
“Vou aguardar o momento oportuno”.
“Mas a viagem vai fazer um ano…”
“Ainda não chegou o momento oportuno”