Estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) protestaram nesta sexta-feira (26), no Campus Maracanã, contra atrasos e mudanças no pagamento de bolsas. Os manifestantes fizeram pichações e depredaram parte da reitoria da instituição.
Segundo relatos, há pagamentos em aberto ou depositados em atraso. Os problemas se estendem desde o começo deste ano Entre os benefícios que estariam em atraso estão a bolsa-permanência e os auxílios transporte e alimentação.
Atualmente, cerca de 2,6 mil alunos em vulnerabilidade social têm direito a R$ 1,2 mil por semestre em auxílio material; R$ 300 mensais em auxílio alimentação e, no mesmo valor, para passagem; e bolsa de apoio de R$ 706 mensais com vigência de dois anos.
Além dos atrasos, alguns cortes provocaram a revolta dos estudantes. São eles o corte no auxílio alimentação, redução em 50% do auxílio material, limite de 1,3 mil alunos no auxílio creche, além de mudanças em critérios para a concessão da bolsa-permanência.
O principal alvo dos manifestantes é a reitora Gulnar Azevedo que, durante a campanha eleitoral ao cargo, prometeu a manutenção do pagamento em dia dos auxílios. Pichações foram feitas, na sala da reitoria, com os dizeres “fora Gulnar”.
Problema antigo
O problema não é novo. Em maio, protestos já tinham acontecido por conta da mesma situaçao. Na ocasião, o governo estadual se defendeu afirmando que cumpre rigorosamente o orçamento da Uerj, aprovado pela Assembleia Legislativa (Alerj) e que cabe à universidade, com autonomia administrativa, realizar a gestão financeira.
Por sua vez, a Uerj, após os atos desta sexta, subiu o tom contra os manifestantes. Afrimou que “os métodos empregados pelos insatisfeitos não condizem com a história da Uerj, com o ambiente educacional e impossibilitam qualquer diálogo sobre a questão”.
Sem citar as reivindicações, a reitoria apenas complementou afirmando que vai apurar as responsabilidades e conta com a ação da prefeitura dos campi e do setor de segurança para garantir o pleno funcionamento da universidade. Além de frisar que “não haverá discussão possível nessas bases”.