A empresa contratada pela Prefeitura do Rio para construir a Clínica da Família do Vidigal foi expulsa da favela, nesta terça-feira (09), por traficantes. Os 18 operários que trabalhavam no prédio da Rua Doutor Olinto Magalhães 57 receberam ordens dos criminosos e tiveram que deixar o morro.
A obra estava sendo feita num prédio de dez andares que havia sido embargado e desapropriado pela Prefeitura do Rio em 2023. Em setembro do ano passado, o prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou a construção da unidade de saúde no imóvel, que pertencia ao tráfico de drogas da região e foi recuperado pelo município:
“Eu quero assumir um compromisso aqui com uma favela do Zona Sul, que é o Vidigal. Já temos o prédio que veio do crime organizado e a gente vai transformar numa clinica tão boa quanto a do Chapéu Mangueira”, disse o prefeito, na inauguração da unidade do Leme.
As obras deveriam estar concluídas em até oito meses e o custo da reforma está orçado em R$ 6 milhões.
Vidigal hoje só conta com um centro de saúde pequeno, num imóvel que não tem condições de ampliação
Atualmente, o Vidigal é atendido pelo Centro Municipal de Saúde Rodolpho Perissé, num imóvel sem condições de ampliação. A nova clínica da família deverá ocupar cinco dos dez andares do prédio embargado pela prefeitura.
Como as características urbanísticas do local só comportam prédios de no máximo cinco pavimentos, os andares excedentes foram demolidos e, após liberação pelos órgãos técnicos, o imóvel começou a ser transformado na unidade de saúde.