O Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE) concedeu habeas corpus a pedido da defesa de Dr. Rubão (Podemos), prefeito de Itaguaí, para desmembrar a investigação sobre o alcaide na operação Teatro Invisível, cuja segunda fase foi deflagrada em abril, pela Polícia Federal. Dessa forma, a apuração sobre o envolvimento de Rubão passará para a tutela do tribunal fluminense.
A corte referendou, por unanimidade, o voto da desembargadora Kátia Valverde Junqueira, relatora do caso. A magistrada reconheceu que Rubão tem prerrogativa de foro devido à sua função de prefeito. Na época dos casos narrados pela operação, ele era candidato à reeleição para a Prefeitura de Itaguaí. Além disso, o TRE ratificou as decisões anteriores proferidas sobre o caso.
Em 15 de abril, Rubão foi um dos alvos de mandados de busca e apreensão da operação Teatro Invisível 2, contra supostas fraudes eleitorais. Segundo a Polícia Federal, os alvos são acusados de de obstrução de justiça, caixa dois, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro.
A ação foi um desdobramento da primeira fase, realizada em setembro de 2024, que mirava uma quadrilha especializada em disseminar notícias falsas contra candidatos a prefeito em várias cidades do estado. A sede do “Teatro Invisível” estava localizada em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, mas a atuação se estendia a outros 12 municípios.
Além de Rubão, também são investigados o prefeito de Cabo Frio, Dr. Serginho (PL); o deputado estadual Valdecy da Saúde (PL); o candidato derrotado à Prefeitura de Mangaratiba, Aarão (PP); e o presidente do Instituto Rio Metrópole, Davi Perini Vermelho (PSDB), o Didê.