Uma moradora do luxuoso Edifício Chopin, localizado na Praia de Copacabana, teria sido mantida em cárcere privado por seu ex-acompanhante. A notícia vazou por fontes internas do edifício, que perceberam não só o desaparecimento da socialite, mas também escutavam frequentemente gritos e pedidos de socorros vindos de seu apartamento – que na verdade era a junção de duas mega unidades.
O acusado já havia sido motorista da idosa e aproximou-se dela com o passar dos anos. Quando questionada pelos vizinhos, a mulher era forçada a afirmar que estava “tudo bem”. Ela não tem filhos e há muitos anos tornou-se viúva.
Em janeiro deste ano, a vítima conseguiu escapar do cárcere, tendo aproveitado um descuido do suposto agressor para buscar refúgio na casa de alguns familiares, no mesmo bairro. A denúncia do cárcere privado foi feita por vizinhos, que encaminharam a situação às autoridades, o que resultou na intervenção de assistentes sociais e no envolvimento do Ministério Público
A vítima afirma ter sido dopada por horas e teria sido forçada a aceitar uma união estável sob regime de separação de bens — sua idade avançada não possibilita outra forma, permitindo assim a transferência de propriedades para o agressor, incluindo uma sociedade em um estacionamento no Centro do Rio, próximo à sede da Petrobras.
Além do cárcere, as denúncias afirmam que o ex-acompanhante fez limpa no patrimônio da socialite: isso inclui a venda de uma mansão em São Conrado — que foi comprada por um famoso empresário do ramo imobiliário por preço “convidativo”; além do arrombamento de vários cofres em seu apartamento e o sumiço de joias avaliadas em mais de R$ 10 milhões.
A viúva é uma das figuras mais presentes nos eventos e festas da sociedade carioca. Anos atrás, ela fez uma festa de aniversário no calçadão em frente ao prédio. Nessa ocasião, ela havia “ganhado” do então motorista uma BMW branca com um laço de fita gigante.
O caso, que está sendo investigado pelo Ministério Público, corre em segredo de justiça, com apenas um seleto grupo de pessoas tendo acesso aos documentos e às peças do processo.
Com informações do Diário do Rio