Paralisado desde a manhã da última quarta-feira (3), o Sistema Imunana-Laranjal voltou a operar por volta das 23h desta sexta (6), quase 65 horas depois da interrupção do serviço, que aconteceu após a identificação de tolueno na água. A distribuição de água deve ser normalizada nas regiões afetadas em até 72 horas.
O fornecimento foi retomado após a realização de uma força-tarefa pelo Governo do Estado, que isolou e sugou o tolueno na região onde é feita a captação de água, às margens do Rio Guapiaçu, em Guapimirim, na Baixada Fluminense. Até o fim do dia já haviam sido retirados 160 mil litros de água contaminada.
A ação contou com a participação das secretarias de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, da Polícia Civil, da Polícia Militar, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Cedae, a Petrobras e as concessionárias Águas de Niterói e Águas do Rio.
O Laboratório Biológico de Rastreamento Ambiental (Libra) vinha monitorando a água a cada hora desde o inicio da paralisação. Somente por volta das 22h desta sexta que água voltou a atingir os parâmetros de potabilidade para o consumo humano, que é abaixo de 30 microgramas por litro da substância. Anteriormente, os níveis de tolueno chegaram a ser quase o dobro do limite permitido.
O Sistema Imunana-Laranjal abastece as cidades de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e a Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. Ao todo, quase 2 milhões de pessoas foram afetadas pela suspensão do fornecimento.
A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) abriu inquérito para apurar os responsáveis pela presença do poluente na água.