Os servidores da rede de hospitais federais iniciaram, nesta quarta-feira (15), uma greve por tempo indeterminado. Cirurgias, consultas e exames eletivos não oncológicos estarão suspensos durante a paralisação. Os grevistas se posicionam contra a privatização ou divisão da rede para redistribuição das unidades entre estado, município e iniciativa privada.
Durante a greve, os seguintes serviços serão mantidos: hemodiálise, diálise, quimioterapia, oncologia, cirurgias oncológicas, trocas de sonda, de curativos queimados, cirurgias e atendimentos de emergência e urgência, serviços de maternidade, serviços de atendimento a pacientes especiais, transplantes e ambulatório de TAP. As unidades vão funcionar com 30% dos profissionais.
Nesta quarta, o Hospital da Lagoa, na Zona Sul do Rio, é o único que tem funcionamento normal. Os demais — Andaraí, Bonsucesso, Cardoso Fontes, Ipanema e Hospital dos Servidores do Estado — seguem atendendo apenas casos de emergência e outros mais graves.
A paralisação havia sido aprovada no último dia 6, em assembleia realizada no Hospital dos Servidores do Estado, na Saúde, região central da cidade. O estopim para a paralisação foi uma audiência ocorrida em Brasília, no dia 8, entre a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social no Estado do Rio de Janeiro (Sindprev). Os dois lados não chegaram a um acordo.
Além do repúdio à privatização, os servidores reivindicam também reajuste salarial; pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo; pagamento do piso da enfermagem em valores integrais; prorrogação de todos os Contratos Temporários da União (CTUs) até a realização de concurso público; além da transferência dos servidores destas unidades para a carreira da Ciência e Tecnologia; e o cumprimento do acordo de greve de 2023.