O Rio de Janeiro é o estado que menos vacinou contra a gripe no Brasil: apenas 8,39% da população fluminense tomou o imunizante, pouco mais da metade do índice do Brasil, que é de 15,60%, segundo dados do Ministério da Saúde.
Algumas cidades do estado, como Belford Roxo e São João de Meriti, na Baixada Fluminense, estão entre os dez menores índices de cobertura vacinal do país. As duas representam também os menores índices do Rio, com 7,67% e 5,35%, respectivamente.
Entre o público-alvo da campanha — crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade; gestantes; e pessoas acima dos 60 anos — o percentual de vacinados no estado é de 27,44%, abaixo dos 35,03% do índice nacional. A meta do Ministério da Saúde é que, até o fim da campanha, 90% do grupos prioritários estejam imunizados.
A imunização é essencial para a prevenção de complicações decorrentes das infecções causadas pelo vírus, que podem levar a complicações graves, internações e à morte nos casos mais graves. Entre janeiro e maio desde ano, foram mais de 5.600 internações e 713 mortes (515 de idosos) no estado por síndrome respiratória aguda grade, que inclui a gripe.
A cidade que mais vacinou no estado é Engenheiro Paulo de Frontin, no Centro-Sul, que atingiu 48,83% de imunização do grupo prioritário. A campanha de vacinação termina na próxima sexta (31).
A vacina é disponibilizada gratuitamente nas unidades de saúde do estado, além de campanhas em locais públicos, como as que ocorrem nas estações do metrô, por exemplo. Para se vacinar, é necessário apenas o documento de identidade.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) a baixa procura pelo imunizante tem sido uma preocupação do estado, principalmente pelo aumento de internações por síndrome respiratória aguda grave. Há cinco anos, a cobertura vacinal ultrapassava os 90%.
Já a prefeitura de Belford Roxo confirmou que a procura pelo imunizante na cidade está baixa, e afirma que vem elaborando um plano para reverter essa situação.