Situado na vibrante cidade do Rio de Janeiro, nas proximidades da agitada Barra da Tijuca, encontra-se um local onde a natureza e a prática esportiva se encontram em perfeita harmonia. Este refúgio bucólico proporciona uma pausa acolhedora para a alma e uma tranquilidade que acalma o espírito. Ali, o tempo parece desacelerar, com o ritmo da vida sendo guiado pelo suave balanço da natureza e pelo voo elegante da bola de golfe que atravessa o céu.
Os jogadores, imersos em seu próprio universo de concentração e desafio, se tornam parte integrante da paisagem. Em um local onde a paz predomina e o verde esmeralda se estende até onde a vista alcança, o Campo de Golfe Olímpico se destaca como um verdadeiro paraíso no coração da vida urbana carioca.
Na última semana, o Campo de Golfe Olímpico foi palco de discussões no setor do Agronegócio e sustentabilidade. O Rio de Janeiro, que já esteve na vanguarda ambiental quando recebeu no ano de 1992 a histórica conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), também conhecida com a ECO 92 resultando documentos importantes, como a Carta da Terra, Agenda 21 e a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, tratando das mudanças climáticas globais, agora, recebe em suas terras a primeira edição de um evento internacional do setor, o RIO+ AGRO.
Com o objetivo de atrair investimentos para o setor, o evento promoveu um amplo debate sobre inovação, ciência e economia verde. Ao reunir especialistas e líderes de diversas áreas, o encontro apresentou novas modelagens de negócios que integram o setor industrial e a cadeia agrícola. Passaram por ali discussões sobre tecnologias emergentes e práticas que visam não apenas aumentar a eficiência e a produtividade, mas também minimizar os impactos ambientais e promover o equilíbrio social.
Além disso, o evento reforçou a importância de políticas públicas e regulamentações que incentivem práticas empresariais ambientalmente responsáveis. As discussões também abordaram o papel fundamental da economia verde na criação de cadeias produtivas e a dependência de recursos não-renováveis. A troca de aprendizados possibilitou a construção de uma rede colaborativa entre investidores, empresas e agricultores.
O evento se tornou um ponto de encontro essencial para aqueles que buscam alinhar seus negócios com os princípios de sustentabilidade e inovação, oferecendo um local para a discussão sobre desenvolvimento de parcerias estratégicas e fortalecimento dos setores industrial e agrícola. Abrindo caminhos para um novo olhar, onde o crescimento é aliado à conservação ambiental e ao desenvolvimento econômico social.
É necessário que o Rio de Janeiro recupere seu protagonismo nas questões ambientais e no agronegócio, resgatando o papel de destaque que o estado teve no passado, quando a cafeicultura o colocou no centro do desenvolvimento brasileiro. Os grãos de café, que outrora impulsionaram a economia da capital, voltam a conectar as fazendas ao centro urbano. Agora, essa conexão se dá através de técnicas de produção mais modernas e sustentáveis e novas formas de utilizar o solo evitam o empobrecimento não precisando mais usar da força das queimadas para abrir espaço.
Em um cenário de contrastes deslumbrantes, onde a exuberância natural se mistura com o céu azul, o Rio de Janeiro se revela como um local de ritmo encantador e vibrante. Um estado urbanizado e industrializado convivendo com a natureza, lugar único e inesquecível servindo como pano de fundo perfeito para discussões agroambientais rumo ao futuro mais sustentável.
Monique Fonseca Mello Frota
Advogada ambiental especializada pela PUC-PR, Diretora de Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável da OABRJ, Mestranda na Fiocruz em Ensino de Biociência e Saúde, Presidente da Comissão de Oceanos da OAB RJ e Sócia do escritório ambiental Mello Frota Advogados