Em meio ao pacotão de Medalhas Tiradentes votadas nesta quinta-feira (12), na Assembleia Legislativa (Alerj), uma se destaca. A casa aprovou a concessão da honraria à polêmica cantora Jojo Toddynho, proposta pelos deputados Renan Jordy e Filippe Poubel, ambos do PL.
Em setembro, Jordy, ao anunciar que iria propor a medalha à Jojo — mais nova queridinha entre os bolsonaristas — se envolveu numa forte discussão com seu colega de parlamento, Renato Machado (PT). Na época, a artista, que era identificada com a comunidade LGBTQIA+, afirmou ser uma “mulher preta de direita”.
“Gostaria de prestar minha solidariedade à Jojo Todynho, que saiu da senzala ideológica. PT, PSOL, essa claque esquerdista. Eles odeiam todos aqueles que pensam ao contrário, verdadeiros escravocratas do século XXI, senhores de engenho, capatazes de quem tem pensamento contrário”, vociferou.
Filiado ao PT desde 2007, Machado ficou uma fera com as palavras de Jordy e, tal qual nas clássicas confusões de escolas primárias, disparou um “me espera lá fora”, com dedo em riste, para o coleguinha de classe, ops, de parlamento.
“Quando você se dirige à ‘claque’, está me incluindo. Você me respeite. Sou um cidadão de bem, pai de família, pastor evangélico e negro. Se você quiser arrumar problema pessoal comigo, você arruma lá fora. Me espera sair ali fora, depois que acabar o plenário. Se quiser falar de pessoas, aqui tem nome de pessoas nessa casa. Me espera lá fora e me chama de claque lá fora”, bradou.