Um dos recentes impasses envolvendo o Aeroporto de Maricá, na Região Metropolitana do Rio, pode estar perto do fim. O prefeito Washington Quaquá (PT) anunciou que o município irá comprar casas de moradores que “queiram sair de perto do sítio aeroportuário”.
A constante expansão do aeroporto aumentou a tensão entre a vizinhança e o município devido ao ruído. Moradores da localidade entraram com ações populares na justiça para tentar frear a ampliação do aeródromo, que pertence à União, mas é administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar).
Recentemente, a própria prefeitura afirmou que não havia planos de obras viárias e de desapropriações para a localidade. Quaquá fez o comentário sobre a compra das casas, nesta segunda-feira (14), a ao compartilhar um vídeo sobre a reforma que está acontecendo na pista do aeroporto.
“Preparando nosso aeroporto para decolar de vez. E vamos comprar as casas do condomínio de todos que queiram sair de perto do sítio aeroportuário”, escreveu Quaquá, sem, no entanto, detalhar qual será o destino dado aos imóveis adquiridos.

Voos e obras de expansão do aeroporto
O aeroporto possui operação comercial com o programa Voa Maricá, entre a cidade e Campinas, em São Paulo. Esta, contudo, atualmente está suspensa por conta de obras de melhorias na pista. Segundo a Codemar, a previsão é que o Voa Maricá volte com novo formato após a reforma da pista, no segundo semestre de 2025. Haverá novos destinos além de São Paulo: Brasília e Belo Horizonte.
A Codemar também explicou que, atualmente, o Aeroporto de Maricá está em obras para a construção de novos hangares no Pátio 4, visando expandir a estrutura. Também está prevista a expansão da pista.
Segundo o site da Codemar, atualmente o aeroporto realiza cerca de 70 voos offshore diários, com destino à Bacia de Santos, uma das principais rotas do pré-sal. Localizado em um ponto estratégico na região Leste Fluminense, o SBMI fica a 58 Km do Aeroporto Santos Dumont, 65 Km do Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, a 200 Km da Bacia de Santos e a 33 Km da unidade de processamento de gás natural (UPGN) do Polo Gaslub (antigo Comperj), em Itaboraí.