Integrantes de uma quadrilha especializada no “golpe da falsa central de banco” foram presos pela Polícia Civil, na quinta-feira (16), em uma mansão de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Sudoeste do Rio. Os quatro, todos de São Paulo e apontados como líderes do grupo, teriam faturado mais de R$ 25 milhões em três anos, prejudicando mais de 200 vítimas em todo o país.
O esquema tinha como alvo principal idosos. Os criminosos possuíam dados confidenciais de aproximadamente 70 mil clientes, incluindo saldos bancários e nomes de gerentes. Em contato com as vítimas, fingiam alertar sobre uma suposta fraude e convenciam-nas a fornecer senhas ou transferir valores para contas controladas pela quadrilha.
Quadrilha pagava R$ 6 mil por diária em mansão de luxo na Barra
A investigação, iniciada em 2024 no estado de Santa Catarina, começou após uma vítima perder R$ 100 mil. Durante as apurações, a polícia descobriu que os suspeitos utilizavam o dinheiro obtido ilegalmente para manter um padrão de vida luxuoso, com carros importados, joias e produtos de grife. Na ocasião da prisão, os quatro estavam hospedados na mansão no Rio, onde pagavam diárias de R$ 6 mil.
A Justiça determinou o bloqueio de até R$ 14 milhões dos investigados, incluindo bens de pessoas físicas e jurídicas, além da indisponibilidade de imóveis. Também foi autorizado o sequestro de veículos e a apreensão de bens de alto valor, como joias, relógios, roupas de grife e perfumes importados.