De todo o time escalado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) para o seu próximo mandato, o nome que abalou a política, circulou como rastilho de pólvora nas rodinhas e rendeu o maior número de comentários no meio foi o de Rafael Thompson para a presidência da RioLuz.
O rapaz foi braço-direito do presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União Brasil). De chefe de gabinete e a substituto na secretaria estadual de Governo, quando Bacellar deixou a pasta pela Alerj. Mas os dois romperam há dois anos — e cada um foi para o seu lado.
Bacellar hoje é um dos principais pré-candidatos a governador dos partidos mais alinhados com a direita. Um provável adversário de Paes nas urnas em 2026. Daí boa parte dos nobres fluminenses ter lido a escolha de Thompson como uma provocação ao presidente da Assembleia.
Se, como dizem, política é gesto, o recado está dado.
Da turma de Roberto Jefferson
Thompson disputou a eleição para vereador pelo PRD, obteve 10.903 votos e ficou com a primeira suplência. Teria sido indicado a Paes pelo presidente do partido, Marcus Vinícius Neskau, ex-deputado e ex-genro de Roberto Jefferson.