O governo federal anunciou, nesta quarta-feira (8), a conclusão da primeira etapa do programa CEP para Todos, que garante pelo menos um código postal para todas as 12.348 favelas do Brasil. Só no Estado do Rio, 1.668 favelas foram contempladas, segundo dados do Ministério das Cidades.
O ministro da pasta, Jader Filho, explicou como o CEP facilita a vida de quem mora nas favelas, garantindo acesso a direitos e serviços que antes eram dificultados pela falta de um endereço formal.
“Mais do que um número, ter CEP é possibilitar dignidade para as pessoas que vivem nas periferias e que não tinham acesso ao básico, como levar seus filhos a um posto de saúde próximo de casa, por exemplo. Essa é mais uma dívida histórica que está sendo reparada pelo Governo do Brasil”, declarou o ministro.
Mais de 16 milhões de pessoas foram beneficiadas
De acordo com o governo, em todo o país, 12.348 favelas já receberam pelo menos um CEP, beneficiando cerca de 16,3 milhões de pessoas, sendo 72,9% da população negra. A meta inicial, prevista para 2026, foi alcançada com mais de um ano de antecedência.
O projeto é fruto de uma parceria entre o Ministério das Cidades, a Secretaria Nacional de Periferias, o Ministério das Comunicações (com os Correios) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O CEP para Todos foi lançado em novembro de 2024, dentro do Programa Periferia Viva.
‘Programa CEP para Todos corrige um erro de 500 anos’
O secretário Nacional de Periferias, Guilherme Simões, destacou a importância da medida.
“Mais que a satisfação de ver esse trabalho concretizado, é uma honra testemunhar a política pública chegando a quem realmente precisa. Estamos reparando um erro que demorou mais de 500 anos para ser corrigido, e não vamos parar. O CEP é apenas uma parte da nossa proposta de inclusão para garantir dignidade às pessoas que moram nas favelas”, enfatizou Simões.
A segunda etapa do programa prevê o mapeamento detalhado de ruas, becos e vielas, permitindo a atribuição de CEP por logradouro. O foco inicial será em 59 territórios do Periferia Viva, que somam mais de 300 favelas. A última fase buscará instalar postos e agências dos Correios em 100 favelas, escolhidas de acordo com a necessidade de infraestrutura.