A Defesa Civil determinou a demolição total do que restou do casarão que desabou e causou a morte de uma pessoa na Rua Senador Pompeu, no Centro do Rio. O trabalho, iniciado na quinta-feira (20) devido ao alto risco de novos desabamentos, foi retomado pela Secretaria Municipal de Conservação e equipes da Defesa Civil na manhã desta sexta-feira (21).
Em função das equipes de demolição, as ruas Senador Pompeu e Visconde da Gávea permanecem interditadas ao tráfego de veículos.
A recomendação da prefeitura para os motoristas é seguir pela Rua Marcílio Dias, a partir da Rua Bento Ribeiro, em frente à Central do Brasil, acessar a Rua Visconde da Gávea, na lateral do Palácio Duque de Caxias, e seguir pela Avenida Marechal Floriano até a Rua Alexandre Mackenzie ou a Avenida Passos.
Casarão estava abandonado
Em nota, a prefeitura informou que o imóvel, um casarão antigo e privado, estava abandonado e não tinha moradores. O proprietário do imóvel, que já havia sido notificado e intimado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano desde 2014, não tomou providências para evitar o risco de desabamento.
Além disso, o governo municipal destacou que a Defesa Civil realizou vistorias em 2023 e 2024, sendo a última em 17 de setembro do ano passado, após a constatação de degradação acelerada da estrutura, com ausência de telhado, quedas de revestimento e risco de desprendimento de rebocos da fachada.
Desabamento
O caso ocorreu na tarde desta quinta-feira, quando o Corpo de Bombeiros foi acionado para atender ao desabamento de uma edificação residencial localizada na Rua Senador Pompeu, número 180. Uma pessoa morreu, sendo um homem adulto que estava dentro de um automóvel atingido pelos escombros. Após o resgate, o local foi entregue à prefeitura para avaliação das condições estruturais do imóvel.
A operação contou com cerca de 50 militares de seis unidades diferentes, incluindo especialistas em salvamento em desastres, além dos cães de busca e resgate do canil da corporação. Mais de 10 viaturas foram utilizadas no socorro, incluindo uma Auto Plataforma Mecânica, que foi empregada para realizar a varredura aérea do cenário a mais de 40 metros de altura.
Projetos com foco de evitar outras tragédias
Nos últimos anos, de acordo com o presidente da Câmara Municipal do Rio, Carlo Caiado (PSD), tem sido aprovada uma série de leis justamente com o foco de evitar tragédias como essa.
“Não é de hoje que estamos atentos à urgência de ação do poder público em relação a estes vários casarões tombados, pertencentes ao corredor cultural da cidade, que há anos encontram-se abandonados pelos proprietários, caindo aos pedaços e representando um risco iminente à população. Nos últimos anos, a Câmara do Rio trabalhou para debater, aprimorar e aprovar leis como a que permitiu a reconversão de uso dos imóveis tombados, além das duas etapas do ‘Reviver Centro’, que incentiva a transformação de casas vazias ou subutilizadas em moradias”, destacou.