Em paralelo aos debates climáticos que antecedem a COP30, a Prefeitura do Rio abriu espaço para a participação da sociedade civil nas discussões sobre mudanças climáticas por meio da iniciativa “Diálogos Locais”, que será realizada de 1º a 5 de novembro em diversos pontos da cidade. A programação é organizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima (SMAC).
Entre os dias 3 e 5 de novembro, a capital fluminense receberá o Fórum de Líderes Locais da COP30, no Museu de Arte Moderna (MAM-Rio), reunindo mais de 300 autoridades subnacionais para reforçar o papel estratégico das cidades no enfrentamento da crise climática. Os Diálogos Locais complementam o fórum ao abrir espaço para que a população participe ativamente das discussões.
Importância da participação popular.
O objetivo da iniciativa é envolver cariocas, visitantes, cientistas, parlamentares, ativistas e gestores públicos em debates e atividades práticas que impulsionem a agenda climática de forma inclusiva. A programação, distribuída por diferentes regiões da cidade, deve reunir mais de 15 mil pessoas.
A secretária municipal de Meio Ambiente e Clima, Tainá de Paula, destacou a importância da participação popular.
“O Rio tem a vocação para liderar pelo exemplo e, para nós, a ação climática só é efetiva se for construída com a participação de todos. Os ‘Diálogos Locais’ são um convite para que a população se aproprie da pauta climática, trazendo suas vivências, soluções e anseios”, afirmou Tainá de Paula.
Sobre a programação
A programação dos Diálogos Locais inclui seis eixos principais e atividades em diversos espaços da cidade. O evento âncora será o seminário “Rio de Ação Climática”, no dia 1º de novembro, no Teatro Carlos Gomes, no Centro, com expectativa de reunir cerca de 650 participantes. O encontro servirá para apresentar e debater os avanços e desafios da agenda climática na cidade.
Também estão previstas três mesas de discussão:
- Encontro de Parlamentares – sobre legislação e políticas públicas;
- Balanço Ético Global – refletindo sobre responsabilidades compartilhadas diante da crise climática;
- Adaptação e Mitigação em Favelas – discutindo soluções climáticas a partir da perspectiva dos territórios mais vulneráveis.
Atividades culturais pela cidade
Na Praça Tiradentes, a Casa Clima, inaugurada em junho pela secretaria, funcionará como hub de eventos e ponto de apoio para estudantes, ativistas e pesquisadores ao longo de novembro.
O programa também inclui o Mutirão pelo Clima e Cultura nos Parques, com plantios no Parque Realengo e atividades culturais, como música, dança e contação de histórias, levando a agenda climática para os espaços públicos. Além disso, coletivos e organizações civis participarão com atividades próprias em teatros, centros culturais e auditórios da cidade.