O Município do Rio colocou à disposição da PUC-Rio 757 leitos de seus equipamentos de saúde para o futuro curso de graduação em Medicina, que a universidade está pleiteando junto ao Ministério da Educação (MEC). A abertura da graduação, que só depende de um novo edital do MEC para começar a funcionar.
Em ofício assinado pelo secretário de Saúde, Daniel Soranz, e encaminhado ao reitor da PUC-Rio, padre Anderson Pedroso, e aos ministros da Saúde, Alexandre Padilha e da Educação, Camilo Santana, a Secretaria de Saúde informa que irá disponibilizar todos os equipamentos de saúde.
Além do Hospital Miguel Couto, que será o hospital de referência da graduação, serão disponibilizados o Hospital Souza Aguiar, o Hospital do Andaraí, o Instituto Pinel, o Hospital Rocha Maia e as Maternidades da Rocinha e Maria Amélia, além de sete clínicas da família e sete clínicas municipais de saúde.
O documento ressalta que a disponibilização das vagas “visa a assegurar que o curso possa atender aos requisitos mínimos de infraestrutura com vistas ao pleno desenvolvimento das atividades acadêmicas e práticas dos futuros profissionais de saúde”.
O ofício inclui ainda convênios entre a Secretaria e a PUC-Rio para vagas de estágio na rede de saúde municipal para os alunos dos cursos Psicologia, Serviço Social e Nutrição.
PUC e sua saga pela autorização para oferecer curso de Medicina
No fim de julho, Paes fez uma cobrança pública ao Ministério da Educação para que a PUC-Rio seja autorizada a criar um curso de graduação em medicina.
“São três anos tentando fazer com que a ridícula situação da criação de um curso de medicina na PUC-Rio seja superada pelo Ministério da Educação, através da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior. Nesse meio tempo, são tantos os cursos de medicina liberados no Brasil”, afirmou o prefeito.
A reivindicação da PUC-Rio já se arrasta há anos. O Departamento de Medicina da universidade criou uma página na internet e um abaixo-assinado pedindo o apoio da comunidade médica para pedir à Prefeitura do Rio que solicite junto ao MEC a inclusão do Rio de Janeiro como região elegível para abertura de nova graduação em Medicina. O manifesto já conta com cerca de 3,1 mil assinaturas.
