Para um seleto grupo de prefeitos do Estado do Rio estar na chefia do executivo, ao longo dos últimos quatro anos, foi um bom negócio. Muitos deles tiveram importante crescimento em seus patrimônios. Veja a seguir aqueles que tiveram maior aumento percentual. O levantamento leva em conta prefeitos que a plataforma DivulgaCand apresenta como candidatos à reeleição, a ordem não considera valores absolutos ou prefeitos que receberam heranças ao longo de seus mandatos.
O campeão em aumento percentual é o prefeito de Italva, Léo Pelanca (PL). Em 2020, ele declarou R$ 15 mil em bens à Justiça Eleitoral. Já este ano, o político afirmou possuir patrimônio de R$ 240 mil, o que representa crescimento de 1.500%. Na cola, com a segunda colocação, está Aluísio d’Elias (PP), prefeito de Quatis. Quatro anos atrás, informou que seu patrimônio era de modestos R$ 15 mil. Já em 2024, seus bens somam R$ 207 mil. Isto representa alta de 1.492%.
Já o terceiro lugar é de Serginho Cyrillo (PL), prefeito de Bom Jesus do Itabapoana. Em 2020, seu patrimônio era de R$ 79 mil. Já em 2024, ele declarou à Justiça Eleitoral que tem R$ 882 mil em bens, o que significa crescimento de 1.016% Além disso, um dos recordistas em aumento percentual teve modesto crescimento absoluto. Joa Barbaglio (REP), prefeito de Três Rios, declarou R$ 7 mil em 2020 e R$ 76,3 mil em 2024. Ainda que seja um montante relativamente curto, o crescimento foi de 985%.
Logo em seguida está Paulinho da Refrigeração (MDB), prefeito de Santo Antônio de Pádua. Em 2020, ele declarou possuir R$ 127 mil, mas, em 2024, seu patrimônio declarado à Justiça Federal subiu para R$ 831 mil. Isto significa aumento de 554%. A seguir, veja a sequência da lista dos prefeitos candidatos à reeleição que mais turbinaram suas posses em porcentagem.
Conheça o restante do ranking
O prefeito de Magé, Renato Cozzolino (PP), em 2020, declarou patrimônio de R$ 231 mil. Já este ano, informou à Justiça Eleitoral que possui cerca de R$ 1 milhão em bens. Crescimento de 332%. O prefeito de Rio Bonito, Leandro Peixe (SDD), declarou na eleição de 2020 R$ 70 mil em bens, enquanto este ano seu patrimônio foi de R$ 262 mil. O crescimento foi de 274%.
Prefeito de Aperibé, Roninho (União), também viu seu patrimônio mais que dobrar em quatro anos. Na eleição anterior, declarou possuir R$ 222 mil em bens. Por sua vez, em 2024, afirmou à Justiça Eleitoral que tem R$ 735 mil em patrimônio, o que significa crescimento de 231%.
Quem também teve um impactante acréscimo em seus bens foi a prefeita de Paraíba do Sul, Dayse Onofre (REP). Quatro anos atrás, ela informou à Justiça Eleitoral que possuía R$ 1,7 milhão. Já em 2024, o montante subiu para R$ 5,6 milhões. Aumento de 229%.
Rubens Bomtempo (PSB), prefeito de Petrópolis, é mais um que “melhorou de vida”. Quando foi eleito, em 2020, seu patrimônio declarado era de R$ 77 mil. Este ano, ele informou à Justiça Eleitoral que possui R$ 227 mil. Assim, o crescimento foi de 194%.
Prefeito de Armação dos Búzios, Alexandre Martins (REP), declarou, no pleito de 2020, R$ 205 mil à Justiça Eleitoral. Já este ano, seu patrimônio aumentou para R$ 595 mil. Alta de aproximadamente 190%. O prefeito de Itaguaí, Dr Rubão (PODE), na eleição de 2020, informou possuir R$ 223 mil em patrimônio. Já o montante declarado em 2024 foi de R$ 630 mil, o que representa crescimento de 182%.
Em Macuco, a prefeita Michelle Bianchini (SDD) também teve aumento de patrimônio. Enquanto na eleição de 2020 ela declarou R$ 120 mil, em 2024 o montante subiu para R$ 315 mil. Isto representa crescimento de 162%.
Jorge Henrique (SDD), prefeito de Mendes, também está no seleto grupo dos que mais que dobraram de patrimônio. Em 2020, ele declarou R$ 360 mil em bens. Já em 2024, informou à Justiça Eleitoral que seu patrimônio é de R$ 950 mil, uma alta de 163%.
Breninho (PRD), prefeito de Sapucaia, quando foi eleito, em 2020 havia declarado à Justiça Eleitoral possuir R$ 600 mil em bens. Já em 2024, seu patrimônio subiu para R$ 1,5 milhão, o que representa alta de 163%.
Aa prefeita de Guapimirim, Marina Rocha (Agir) declarou, há quatro anos, patrimônio de R$ 438 mil. Já em 2024, seus bens aumentaram para pouco mais de R$ 1,1 milhão, o que significa crescimento de 151%.
Por sua vez, Gutinho (PP), prefeito de Areal, também dobrou seus bens. Em 2020, ele tinha R$ 44,3 mil. Quatro anos depois, suas reservas financeiras somam R$ 109,7 mil. Aumento de 147,6%.
Já Paulo Barros (PL), prefeito de Bom Jardim, em 2020, declarou possuir R$ 319 mil, enquanto este ano seu patrimônio subiu para R$ 775 mil. Isto significa aumento de 142%.
Outro que viu seu patrimônio multiplicar foi o prefeito de Itatiaia, Irineu Nogueira (MDB). Enquanto na eleição de 2020 ele declarou R$ 2,8 milhões, este ano informou à Justiça Eleitoral que possui R$ 6,5 milhões em bens. O aumento foi de 132%.
Prefeita de Cardoso Moreira, Geane Vincler (União) também cresceu seus bens. Em 2020, quando foi eleita, seu patrimônio era de R$ 289 mil, enquanto este ano o montante é de R$ 668 mil. O crescimento percentual foi de 131%.
Por sua vez, o prefeito de Comendador Levy Gasparian, Claudio Mannarino (União), na campanha de 2020, afirmou que seu patrimônio era de R$ 104 mil. Já em 2024, seus bens declarados somam R$ 225 mil. Alta de 116%. Heriberto (União), prefeito de Itaocara, tinha, em 2020, quando foi eleito, R$ 67 mil. Já este ano, declarou R$ 141 mil à Justiça eleitoral, o que significa crescimento de 110%.
Mais um que cresceu seu patrimônio foi o prefeito de Macaé, Welberth Rezende (Cidadania). Quando foi eleito, em 2020, declarou à Justiça eleitoral possuir R$ 557 mil em bens. Na campanha de reeleição, este ano, seus bens agora somam R$ 1,1 milhão, o que representa aumento de 106%.
Prefeito de Porto Real, Alexandre Serfiotis foi mais um a ter crescimento em seus bens. Na eleição de 2020, ele declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de R$ 847 mil. Já no pleito deste ano, o montante total é de R$ 1,7 milhão. Isto significa aumento de 100%
Ainda que em números absolutos relativamente baixos em comparação aos demais, o prefeito de Nova Friburgo, Johnny Maycon (PL), teve expressivo crescimento percentual em seus bens. Em 2020, ele declarou possuir cerca de R$ 31 mil. Já em 2024, seu patrimônio declarado foi de R$ 56 mil, uma alta de 80%.
Abraãozinho (PL), prefeito de Nilópolis, também viu seu patrimônio crescer em quatro anos. Na sua eleição, em 2020, seus bens somavam R$ 2,6 milhões. Este ano, ele informou à Justiça Eleitoral que possui R$ 4,5 milhões. O crescimento foi de 73%.
O prefeito de São Gonçalo, Capitão Nelson (PL), quando foi eleito para o executivo, declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de R$ 547 mil. Já este ano, seus bens subiram para R$ 918 mil. Um crescimento de aproximadamente 67%.
Prefeito de Laje do Muriaé, Netinho do Dinésio (SDD), também integra o time dos que melhoraram de vida. Quando foi eleito, declarou R$ 99 mil em bens à Justiça Eleitoral. Já este ano, seu patrimônio aumentou para R$ 159 mil, ou seja, 60% de crescimento.
Wladimir Garotinho (PP), prefeito de Campos dos Goytacazes, aumentou em cerca de 55% seu patrimônio. Quando foi eleito, em 2020, declarou R$ 1,6 milhão. Já em sua campanha à reeleição, informou à Justiça Eleitoral que seu patrimônio agora soma R$ 2,5 milhões.
Ramon Gidalte (PL), prefeito de Casimiro de Abreu, foi mais um a ver seu patrimônio aumentar. Na última eleição municipal, declarou possuir R$ 358 mil em bens. Já em 2024, seu patrimônio subiu para R$ 531 mim, o que significa crescimento de 48%.
Candidato único em São José de Ubá, Gean (MDB) também melhorou seu patrimônio. Seus bens em 2020 somavam R$ 291 mil. Já em 2024, ele declarou patrimônio de R$ 404 mil à Justiça Eleitoral. Isto representa crescimento de 38%.
Maneko Artemenko (União), prefeito de Engenheiro Paulo de Frontin, integra o time dos que acumularam mais bens. Na eleição anterior, informou patrimônio de R$ 434 mil à Justiça Eleitoral, número que é de R$ 595 mil em 2024. Isto significa aumento de 37%.
Mais um a apresentar crescimento em seu patrimônio, o prefeito de São Pedro da Aldeia, Fábio do Pastel (PL), tinha R$ 796 mil quando foi eleito, em 2020, e em 2024, candidato à reeleição, declarou possuir pouco mais de R$ 1 milhão à Justiça Eleitoral. O crescimento foi de 32%.
O prefeito Alfredão (União), de Itaperuna, não aumentou tanto seu patrimônio. Na eleição anterior, informou que suas posses estavam na casa de R$ 587 mil. Já este ano, o total de bens foi de R$ 666 mil, um crescimento de 13%.
Já a prefeita de Japeri, Dra. Fernanda Ontiveros (PT) teve apenas uma oscilação positiva em seus bens. No pleito de 2020, ela informou que seu patrimônio era de R$ 337 mil. Por sua vez, em 2024, o montante cresceu para R$ 369 mil. A alta foi de 9%.
Saídos do zero
Houve também quem saísse do zero. Prefeita de São João da Barra, Carla Caputi (União) não teve bens declarados em 2020, quando foi eleita vice na chapa de Carla Machado (PT). Este ano, Caputi afirmou à Justiça Eleitoral que possui por volta de R$ 98 mil.
Por sua vez, o prefeito de Arraial do Cabo, Marcelo Magno (PL), declarou, este ano, R$ 605 mil em bens. Contudo, no sistema do TSE referente ao pleito de 2020, não consta bens em nome do candidato.
Situação semelhante acontece com Nilson José (SDD), eleito prefeito de Santa Maria Madalena em eleição suplementar, no ano de 2021. Este ano, ele declarou à Justiça Eleitoral possuir R$ 70 mil em bens, mas não havia o montante referente a 2020.