Um dos milicianos mais procurados do Rio, Rui Paulo Gonçalves Estevão, de 33 anos, conhecido como Pipito, foi baleado e morto na noite desta sexta-feira (7), em confronto com a polícia. Ele era suspeito de chefiar a maior milícia da Zona Oeste do Rio.
A operação que resultou na morte de Pipito foi realizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e pela Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil na Favela do Rodo em Santa Cruz, na Zona Oeste. Na ação, dois seguranças dele também foram baleados.
A polícia afirma que o miliciano foi socorrido e levado para um hospital da região, mas não resistiu. Em virtude da morte, a Rio Ônibus informou que três ônibus foram sequestrados para serem usados como barricadas na Avenida Antares, em Santa Cruz. Um dos coletivos chegou a ser incendiado.
Crimes
Pipito tinha pelo menos dois mandados de prisão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Rio. Um dos mandados, do último dia 11 de outubro, diz respeito à execução de um homem. De acordo com a polícia, a vítima foi carbonizada e o corpo nunca foi encontrado.
Um dos envolvidos no crime estava o chefe do grupo, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, que se entregou à Polícia em dezembro do ano passado. Pipito ascendeu na quadrilha após a prisão e passou a disputar o espólio de Zinho com Paulo Roberto Carvalho Martins, o PL.
Nessa disputa, pelo menos quatro pessoas foram assassinadas desde o início do ano, e outras duas estão desaparecidas.
O governador Cláudio Castro (Pl) comentou o “duro golpe contra criminosos” e disse que Pipito atacou os agentes, houve confronto e ele foi baleado. “O recado está dado: vamos continuar combatendo o crime de maneira implacável”.