A Polícia Civil investiga se a morte do empresário Antônio Gaspazianni Chaves, de 33 anos, ocorrida na manhã deste domingo (09) em Vila Isabel, na Zona Norte, possa estar relacionada a uma disputa entre bicheiros.
Antônio havia acabado de sair do bar Parada Obrigatória, de onde era sócio, quando foi executado. Ele estava em seu carro quando, na esquina das ruas Teodoro da Silva e Souza Franco, dois homens encapuzados, numa moto, emparelharam com o carro de Antônio e atiraram. Ao todo, foram mais de 20 tiros.
Neste domingo, agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) apreenderam máquinas caça-níqueis no bar. Segundo testemunhas, Antônio havia acabado de fazer o recolhimento do dinheiro das máquinas quando saiu do estabelecimento e foi morto.
A Polícia investiga se existe uma relação entre Antônio e a disputa por pontos de exploração do jogo do bicho ou se o empresário foi morto porque vendia cigarros clandestinamente.
Em 15 de abril de 2023, o bar foi cenário de uma disputa travada entre os bicheiros Adilson Oliveira Coutinho, o Adilsinho, e Bernardo Bello. Na ocasião, um grupo de seis homens chegou ao local divido em três carros, eles se uniram e começaram a conversar e observar o movimento do local.
Isso durou cerca de 15 minutos, até que um deles, identificado como o bicheiro Luis Cabral Waddington Netto, de 42 anos, entra no estabelecimento e começa a atirar. Os demais sacam suas armas para dar cobertura. Após a ação, o grupo fugiu junto no mesmo carro, um Corolla prata. O ataque ocorreu dias após o filho de Luís, Luiz Henrique de Souza Waddington, de 22 anos, ter sido alvo de uma tentativa de homicídio, tendo sido baleado quatro vezes durante uma emboscada.
Duas pessoas ficaram feridas pelos tiros: Vitor Luiz de Souza Fernandes, que levou dois tiros no tórax, e Marcos Paulo Gonçalvez Nunes, atingido na nuca, no tórax e no abdômen. Marcos é irmão do tenente-coronel Claudio Luiz de Oliveira, condenado como mandante do assassinato da juíza Patricia Acioli, em agosto de 2011.
Segundo a polícia, o filho de Luis Cabral trabalhava para o bicheiro Bernardo Bello. O atentado teria sido coordenado pelo grupo rival, de Adilsinho, como parte da disputa por pontos de jogo do bicho.