A Polícia Civil prendeu, na manhã desta quarta-feira (18), o vereador de Campos dos Goytacazes Bruno Fernando Santos de Azevedo, o Bruno Pezão, do PP, por suspeita de participação no assassinato de um ex-cabo eleitoral. Os policiais cumprem ainda oito mandados de busca e apreensão, como parte da Operação Pleito Mortal, desenvolvida em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco). Segundo a polícia, na casa do vereador foram apreendidos celulares, cerca de R$ 400 mil, e uma pistola.
A Operação Pleito Mortal investiga a morte do cabo eleitoral Aparecido Oliveira de Moraes, 69 anos, conhecido como ‘Aparício’, executado com oito tiros dentro de seu carro, na Estrada de Campo Novo, em São Sebastião, na Baixada Campista, no dia 19 de julho. Aparício tinha domínio em dois colégios eleitorais, Valeta e Venda Nova, ambos em Campo Novo. Tinha selado um acordo político, recentemente, para apoiar o candidato a vereador Diego Dias, do PDT, concorrente de Bruno Pezão.
Material apreendido na casa do vereador Bruno Pezão, na Operação Pleito Mortal — Foto: Divulgação
Além do vereador, que é integrante da base do prefeito Wladimir Garotinho, do PP, são alvos da operação seu chefe de gabinete, Diego Maciel; o assessor parlamentar Adriano Piedade; Raphael Mendonça dos Santos; Uelinton Barreto Viana, conhecido como Hulk; e José Ricardo Rangel de Oliveira, conhecido como Ricardinho, preso em Bangu desde 12 de julho de 2010.
Ricardinho é o chefe do tráfico nas localidades de Campo Novo e Barcelos, mesmo estando preso no Rio há aproximadamente dez anos. Bruno Pezão, na véspera do assassinato do cabo eleitoral, fez um comício eleitoral em Campo Novo, onde projetou no telão imagens de uma videoconferência com Ricardinho, diretamente de dentro da cadeia.