O primeiro fim de semana do Rock in Rio teve relatos de centenas de roubos e furtos de celulares. O número exato de ocorrências registradas, no entanto, permanece um mistério. Por orientação do Palácio Guanabara, a Polícia Civil ainda não divulgou o balanço oficial de casos, prometido para o começo desta semana.
O TEMPO REAL apurou que grande parte dos casos aconteceu já no primeiro dia de shows, na sexta-feira passada. Bandidos se aproveitaram do fato de que o público naquele dia era formado majoritariamente por adolescentes. Assim, tomavam aparelhos das mãos das vítimas, que eram escolhidas a dedo: os maiores alvos eram meninas e rapazes mais franzinos.
No sábado (14), a Polícia Civil foi questionada sobre o quantitativo de casos relacionados ao primeiro dia do festival. Limitou-se a informar que o balanço das ocorrências registradas nos três primeiros dias de Rock in Rio seria liberado no início da semana.
Não foi o que aconteceu. A instituição foi novamente indagada sobre o balanço na última terça-feira (17) e também na manhã desta quinta (19). Sequer retornou às tentativas de contato.
750 aparelhos apreendidos
Na segunda (16), a Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) e a 19ª DP (Tijuca) fizeram operação na Uruguaiana para recuperar celulares furtados ou roubados — inclusive durante o Rock in Rio. Ao todo, os agentes apreenderam 750 aparelhos no Mercado Popular.
Duas pessoas foram presas em flagrante. Segundo os policiais, todos os celulares têm origem ilícita. Agora a investigaçção irá apurar quais deles foram roubados durante nos primeiros dias do festival.
Prevenção e combate
Apesar do mistério em relação aos números, o governo do estado anunciou medidas de reforço à prevenção e ao combate aos roubos e furtos de celulares no Rock in Rio. O aparato de segurança passará a contar, no segundo fim de semana de shows, com uma parceria para uso da plataforma Celular Seguro, que bloqueia dados e inutiliza aparelhos.
O Celular Seguro funciona por meio de um botão de emergência. Disponível tanto no aplicativo quanto no site, ele permite o bloqueio imediato do aparelho pelas operadoras, com o uso do código IMEI, impedindo o acesso ao celular e a aplicativos bancários.
Com a colaboração de Berenice Seara