Cinco policiais militares começam a ser julgados nesta terça-feira (5), no Rio, por envolvimento na morte da designer de interiores Kathlen Romeu. Eles respondem por fraude processual e falso testemunho.
O julgamento acontece quatro anos após o crime. Os policiais denunciados por tentativa de fraude são acusados de alterar a cena do crime e prestar informações falsas durante as investigações. São eles: Jeanderson Correia Sodré, Rodrigo Correia de Frias, Cláudio da Silva Scanfela, Marcos Felipe da Silva Salviano e Rafael Chaves de Oliveira. Eles não respondem diretamente pela morte de Kathlen, mas integravam o grupo de agentes envolvidos na operação policial naquele dia.
A sessão está marcada para as 13h e será conduzida pelo Conselho Especial de Justiça, composto por um juiz e quatro oficiais da Polícia Militar.
A Justiça do Rio já determinou que os policiais que efetuaram os disparos que mataram a jovem, Marcos Felipe da Silva Salviano e Rodrigo Correia de Frias, sejam levados a júri popular. A data ainda não foi definida. Ambos responderão em liberdade.

Kathlen Romeu foi morta em 2021
Kathlen Romeu foi morta com um tiro de fuzil no peito, em julho de 2021, no Complexo do Lins, Zona Norte do Rio. Ela tinha 24 anos e estava grávida de três meses.
A jovem estava visitando a avó quando foi surpreendida por um tiroteio. A versão inicial da Polícia Militar afirmava que havia confronto com criminosos na região. No entanto, testemunhas e investigações do Ministério Público indicaram que não houve troca de tiros no momento em que Kathlen foi atingida.
As investigações também apontaram que policiais recolheram cápsulas de munição e alteraram o cenário da ocorrência, o que motivou as denúncias por fraude processual.