A Polícia Militar publicou, no boletim interno da última quarta-feira (10), a revogação do porte de arma e o acautelamento da cédula de identidade funcional do ex-deputado estadual Marcos Müller. Terceiro sargento reformado da corporação, ele responde a processo na 3ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, acusado dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Müller vai lançar sua pré-candidatura a prefeito de São João de Meriti nesta segunda-feira. Ele vai disputar a eleição pelo PMB, com o apoio do ex-prefeito Sandro Mattos.
Diz o texto que, independentemente da responsabilização em esfera civil e criminal, o ex-deputado incorreu em transgressão disciplinar grave, e por isso será submetido a Conselho de Disciplina.
Marcos Müller foi denunciado por rachadinha
De acordo com o que é descrito no boletim, Müller responde na Justiça por rachadinha, em processo da época em que era deputado estadual — e que o Ministério Público afirma, na denúncia, que o crime já acontecia quando ele era vereador em Meriti, ou seja, viria de longa data. O texto também diz que ele comprou imóveis em nome de assessores e parentes como “laranjas” para ocultar patrimônio, ou seja, teria cometido o crime de lavagem de dinheiro.
“Em brevíssimas linhas, cumpre citar que o póstero processo disciplinar não terá o escopo de avaliar a existência e as circunstâncias do cometimento de crime, o que é da alçada da Justiça, mas sim os aspectos ético-disciplinares da conduta do graduado em questões circundantes do ocorrido. O mérito em questão será avaliar, dentro dos atos praticados pelo epitetado, se ele reúne condições ético-morais de permanecer nas fileiras da Corporação”, diz o texto do boletim.