O sistema BRT é a menina dos olhos do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), que não poupa esforços — nem cifras — para deixá-lo ao seu gosto. Exemplo disso é que o município pegou R$ 250 milhões emprestados no Banco do Brasil apenas para a requalificação do BRT.
A publicação do extrato do contrato saiu no Diário Oficial desta quinta-feira (21). O acordo prevê um ano de carência e mais 108 meses (9 anos) para pagar. Desde que reassumiu a prefeitura, em janeiro de 2021, Paes vem realizando uma série de ações no BRT, seu grande “xodó” na área dos transportes.
Em novembro daquele ano, Paes apresentou o primeiro projeto de requalificação do modal, que começou com a locação de frota, possibilitando a substituição gradativa dos ônibus antigos. Hoje, o BRT não é mais operado pelas empresas de ônibus, mas sim pela Mobi-Rio, criada pela prefeitura.
Em dezembro de 2022, os primeiros 48 ônibus amarelos, que substituíram os azuis, começaram a rodar nas pistas exclusivas do BRT. Já em julho deste ano, a prefeitura publicou, no Diário Oficial do dia 3 daquele mês, o aviso de licitação para a compra de mais cem ônibus.
Os veículos, com capacidade mínima de 80 passageiros, vão equipar os corredores do BRT e o valor do contrato está estimado em até R$ 213,9 milhões.

Por FÁBIO MARTINS e VÍTOR D’AVILA