Obras estruturantes, anunciadas com pompa e circunstância na candidatura de Rio e Niterói para sediar o Pan de 2031 até foram citadas no dossiê de 400 páginas entregue à Organização Desportiva Pan-Americana (Panam Sports). O documento reúne todos os detalhes da proposta feita pelas duas cidades e foi divulgado nesta quinta-feira (01).
Mas as obras que significariam o famoso legado não entram na conta dos investimentos totais de R$ 3,8 bilhões, entre recursos privados e públicos, que Rio e Niterói dizem que serem necessários para a realização das competições.
Entre os gastos sonhados, mas não estipulados, estão aqueles a serem empregados na construção da Linha 3 do Metrô (Rio-Niterói-São Gonçalo), na transformação de corredores de BRT Transcarioca e Transoeste em VLT e na conclusão do primeiro trecho do VLT de Niterói, ligando o Barreto ao Centro.
Linha 3 do Metrô, projeto antigo
O projeto da linha 3, que teria um trecho sob a Baía de Guanabara, já era discutido em 1968 — antes mesmo da inauguração do primeiro trecho do metrô carioca. Desde então, de tempos em tempos, o plano, com o orçamento altíssimo, volta a ser citado. Em 2011, o governo federal estimou o custo da ligação em R$ 1,2 bilhão. Dois anos depois, o estado refez as contas e a estimativa passou a ser de R$ 2,57 bilhões.
Enquanto isso, nem a parte terrestre, bem mais em conta, saiu do papel.
O metrô, aliás, é de competência estadual — que até hoje está às voltas com a conclusão da estação Gávea, uma promessa dos Jogos Olímpicos de 2016.
