Na noite de sexta-feira (16), véspera do convescote político do Sábado das Campeãs, o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, trocou dois dedos de prosa com o deputado federal Pedro Paulo — emissário do prefeito Eduardo Paes (PSD) em busca de uma aliança.
Disse Rueda ao rapaz que a decisão sobre os rumos do partido estará nas mãos do presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar, que vai se filiar e assumir o diretório estadual agora em março.
Pedro Paulo seguiu esperançoso, então, ao almoço festivo que reuniu, no sábado, num restaurante da Zona Sul, Bacellar e os dois ministros do União — Juscelino Filho, das Comunicações, e Celso Sabino, do Turismo — além de 15 deputados da bancada federal do partido; o governador Cláudio Castro (PL); o líder do PP na Câmara dos Deputados, Doutor Luizinho, entre outros igualmente cotados.
O emissário de Paes chegou a engatar uma conversa pública, cheia de gracinhas e sinais de afeto, com Bacellar — mas saiu de lá sem qualquer garantia de avanço nas negociações.
Segundo os mais próximos, o presidente da Assembleia não se negaria a ouvir Paes. Mas já teria convicção de que é importante para o União ter candidatura própria à Prefeitura do Rio.
Além disso, conta uma péssima língua, Bacellar até gosta de Paes, a pessoa física. Mas acha que, na política, o prefeito privilegia apenas o seu grupo, em prejuízo dos demais parlamentares e partidos.
Uma reclamação comum, aliás, entre os integrantes da base e de antigas alianças construídas por Paes.