ATUALIZAÇÃO, às 10h15, com a resposta da vereadora Tânia Bastos.
Apesar de o Republicanos ter deixado a aliança pela reeleição de Eduardo Paes, o PSD ainda mantém o apoio de parte do partido no Rio.
O rompimento foi anunciado dois dias depois da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão — suspeito de ter mandado matar a vereadora Marielle Franco — quando Paes exonerou o suplente Ricardo Abrão (Republicanos) da Secretaria de Ação Comunitária. O argumento foi que Abrão, sobrinho do bicheiro Anísio Abrão David, havia sido sócio de Brazão num posto de gasolina.
Mas o Republicanos, ao que tudo indica, não saiu inteiro. Até porque, no Rio, o partido é rachado em dois grandes blocos. Um deles, liderado pelo ex-presidente da Câmara e ainda poderoso Eduardo Cunha, muito próximo à família Brazão. O outro, com o restante da legenda.
A turma ligada à Igreja Universal do Reino de Deus, por exemplo, continua com Paes. Tanto que, na formação das nominatas, pediu — e vai ser atendida — para incluir um dos seus afilhados na lista do PSD. A vereadora Tânia Bastos poderia concorrer à reeleição, em outubro, pelo partido do prefeito. Outra opção é o pastor Deangeles Percy, líder do Grupo Arimateia no Rio, que deve disputar a vaga de João Mendes de Jesus. João Mendes não será mais candidato.
Tânia, no entanto, descarta a possibilidade.
“Realmente, houve uma conversa neste sentido. Mas não deixaria o Republicanos, partido que ajudei a fundar e do qual sou hoje vice-presidente municipal”, disse.
O presidente do Republicanos do Rio e prefeito de Belford Roxo, Wagner Carneiro, o Waguinho, também não está confortável em apoiar o candidato do PL, Alexandre Ramagem — como ameaça a direção nacional do partido. Waguinho é muito próximo ao presidente Lula (PT) e dificilmente caminharia com um bolsonarista de quatro costados.