Menina dos olhos do novo secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, a Operação Torniquete ganhou os grupos de mensagens de delegados e agentes — nem sempre (ou quase nunca) com citações das mais elogiosas. O princípio não é novo e já existiu em outras eras. Volta e meia alguém ressuscita a velha Operação Asfixia .
O chefe mandou a turma para a rua, apertar o cerco a criminosos. Vale roubo de carros, roubo de cargas, falsificação de cigarros. Vale varejo e vale atacado.
E ainda determinou o aumento de efetivo destinado a cumprir a ordem.
A turma lembra — e com razão — que a atribuição do policiamento ostensivo é da Polícia Militar e não da Civil. Se os agentes forem para a rua, quem cuida do atendimento nas delegacias e quem foca nas investigações? Afinal, estas precisam ser as prioridades (ou seria obrigação mesmo?) da Civil.
Há quem diga que qualquer prisão rastaquera passou a ser especificada como fruto da Operação Torniquete. Vontade de agradar o chefe, ou de melhorar as estatísticas?
Eis a questão — que domina, como nunca, as discussões na corporação.